

PZ é Paulo Zé Pimenta, músico, produtor e artista natural do Porto, que há mais de 20 anos desenvolve uma linguagem musical própria — entre o existencial e o absurdo, o funk e o spoken word, a crítica social e o devaneio doméstico. Compositor multifacetado e performer singular, PZ criou ao longo das últimas duas décadas um universo lírico e sonoro inconfundível, sempre com uma estética do-it-yourself, marcada por humor, identidade vincada e uma certa “mística pijamística”.
Fundador da editora independente Meifumado, onde editou os seus próprios discos e os de outros artistas como Mind da Gap, Orelha Negra, Conjunto Corona ou We Trust, PZ estreou-se a solo com o álbum Anticorpos (2005), mas foi com Rude Sofisticado (2012) que consolidou a sua sonoridade — beats, guitarras, sintetizadores e letras insólitas que captam com ironia a vida moderna. Seguiram-se Mensagens da Nave-Mãe (2015), Império Auto-Mano (2017), Do Outro Lado (2019), Selfie-Destruction (2021), Vampiro Submarino (2022, em parceria com os Small Trio), O Fim do Mundo em Cuecas (2023) e Apocalypse Later (2024), onde introduz o seu alter ego americano Joe Zé.
Com temas como “Croquetes”, “Neura”, “Cara de Chewbacca” ou “Pu”, PZ tornou-se um dos artistas mais irreverentes e reconhecidos da música alternativa em Portugal. As suas músicas, muitas vezes compostas e gravadas em casa, transportam uma sensibilidade de quarto — feita de observação atenta, crítica mordaz e liberdade criativa.
Paralelamente à música, PZ tem marcado presença noutros territórios artísticos. Em 2019, participou na série da RTP -“Menos Um”, onde interpretava o alter ego musical do protagonista — um jovem a tentar singrar na cena musical underground de Lisboa. Ao longo dos cinco episódios, PZ interpretou cinco canções originais do álbum Do Outro Lado, em momentos onde a narrativa se cruzava com o mundo interior e performativo do personagem. Assinou também a banda sonora original da peça de teatro It Could Be Worse, reforçando a sua ligação com o teatro e as artes performativas.
Em palco, PZ apresenta-se desde o formato intimista a solo até ao espetáculo com a sua Banda Pijama — onde todos vestem literalmente pijama, símbolo de conforto, irreverência e libertação das convenções. A sua linguagem visual e performativa reflete a vontade de cruzar música, vídeo, arte digital e teatro — fruto também do seu percurso académico em New Media Arts pela Emerson College, nos EUA.
Com uma base fiel de ouvintes e um percurso absolutamente singular, PZ continua a explorar novas linguagens, personagens e colaborações, desafiando as fronteiras entre o íntimo e o público, o riso e a melancolia, o groove e o absurdo.
Com PZ quem ganha é você.