Disco de autor desfragmentado, despersonalizado, cortado aos bocados entre as perdas de memória. É um conjunto de cenas que compõem um filme, uma máquina que produz uma cronologia delineada por flash-backs e flash-forwards.
Foi montado num quarto de brinquedos versão 9.0.6 entre 2002 e 2004, uma música aqui, uma letra ali, um sintetizador acolá. Nos anos 80 o quarto era populado por criaturas que iam saltando de filmes de ficção cientifica para o imaginário plastificado, hoje em dia é um monte de fios que formam uma rede maquinal montada à volta de propósitos musicais.
Dantes fazia-se de conta, hoje fazem-se contas à vida. O tempo acelera o amontoamento de máquinas. As hordas cyborguianas multiplicam-se a tempo inteiro. Dêem-nos mais plasma, mais titânio, mais nada até ficarmos polinsaturados. Para quando a substituição do suco gástrico pelo ácido corrosivo? E quando é que chegam as armaduras luminosas? Haverá anticorpos que cheguem para tudo?
"Singularidade cósmica do ano."
in Expresso
"...entre um Mário de Sá Carneiro pop, um António de Variações literato, um Rui Reininho inicial.
Pz surrealiza o que quase todos descrevem, contrapõem o 'mal de vivre' ao realismo dominante."
in Blitz
PZ "Anticorpos" | CD
01 Ao Meu Lado
02 Do Outro Lado
03 Sofá Efervescente
04 Deus Canibal
05 Ser
06 Rasto de Cinza
07 Grande FDP
08 Contas à Vida
09 Tremeliques e Tiques
10 Neurótica
11 As Máquinas Mandam
12 Achas
13 Freak Mais Além